A PRONÚNCIA ESTANDARTIZADA DAS VOGAIS NASAIS PRÉ-TÔNICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Vanessa Carrasco Santos (PUC-SP - CAPES)



Esta comunicação está situada na área da Fonética do Português e tem por problema a pronúncia estandartizada das vogais nasais pré-tônica do português brasileiro. É necessário considerar que a variação de pronúncia ocorre com um mesmo falante dependendo de seus registros lingüísticos e dos seus grupos sociais. Silveira (2008) diferencia a pronúncia estandartizada, definindo esta última como aquela que tem preferência popular. O material de análise foi coletado por gravações de 15 horas da pronúncia dos apresentadores do Jornal Nacional. Os resultados obtidos indicam que: 1) na pronúnica estandatizada é relativa a 5 vogais: [i, e,ã,õ,u] e é guiada pela ortografia. 2) Dependendo da posição silábica ocupada na palavra, ocorre a ditongação da vogal nasal /e/, [ey]. 3) Mudança de zona de emissão. Quando a vogal, por semelhança articulatória é seqüenciada, ocorre a crase ou a ditongação. 4) O que guia a pronúncia estandartizada das vogais nasais pré-tônicas é o registro ortográfico, pois os apresentadores do jornal da TV Globo estão lendo o texto noticioso no momento que pronunciam as vogais em questão. 5) Como a fala oral é enunciada num contínuo sonoro, ocorrem junturas internas e externas de palavras. Nesse caso, a pronuncia estandartizada das vogais nasais pré-tônicas apresenta variações: semi-vocalização, ditongação, crase e propagação. 6) Nas junturas externas que na 2ª palavra é iniciada por uma vogal nasal inacentuada, ocorre a ditongação e a semi-vocalização. Concluí-se que há uma pronúncia estandartizada do Português Brasileiro, pois ela se propaga para todas as regiões nacionais e internacionais, onde a emissora tem acesso.