ANÁLISE LINGUÍSTICA, MATERIAL DIDÁTICO E O DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE LINGUÍSTICA DO ALUNO: CONFLUÊNCIAS
Sebastião Carlúcio Alves-Filho (Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí); Silvio Ribeiro da Silva – (Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí)



Esta pesquisa objetiva examinar o tratamento teórico-metodológico dado ao ensino de Análise Linguística (AL) pelo apostilado do Sistema Positivo. O material por nós analisado neste estudo é utilizado por alunos do primeiro ano do Ensino Médio de escolas da rede privada. Ao contrário do que acontece com os livros didáticos (LD) distribuídos gratuitamente pelo Governo Federal às escolas públicas, as apostilas não passam por nenhum tipo de avaliação antes de serem adotadas. Por mais que a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC) contribua para aumentar a qualidade do material distribuído e, consequentemente, a do ensino, tem sido relevante o número de instituições que vem optando por adotar apostilas. Fazer uma análise deste apostilado se faz pertinente visto que o material didático, seja ele LD ou apostila, é bastante utilizado em sala de aula. Nem sempre o caráter (normativo ou reflexivo) das aulas de Língua Portuguesa (LP) é de inteira responsabilidade do professor. O material didático utilizado em sala de aula exerce forte influência sobre o ensino/aprendizagem de LP e sobre a formação da identidade linguística do aluno. Em momento algum o livro será um substituto do professor ou de suas experiências pedagógicas, mas poderá ser um bom referencial para ampliar os trabalhos em sala de aula (Guia do PNLEM 2005, p. 8). Os resultados obtidos até agora evidenciam que o material se confunde ao propor uma prática de AL que, na verdade, apresenta atividades de gramática tradicional que fazem com que a atividade linguística perca o sentido.