A INFLUÊNCIA LINGUÍSITICA NAS GRAMÁTICAS DE JOÃO DE BARROS E FERNÃO DE OLIVEIRA
Micheline Tacia de Brito Padovani (PG ME PUC-SP)

Nesta pesquisa, buscamos responder a seguinte pergunta: Como as gramáticas de João de Barros e Fernão de Oliveira explicaram a influência lingüística de outros povos na língua portuguesa? Para respondê-la, objetivamos analisar as gramáticas de João de Barros e Fernão de Oliveira procurando aspectos sobre a influência da/na língua. Por isso, primeiramente fizemos leituras sobre variação lingüística, sobre gramáticas, leitura e seleção das gramáticas de João de Barros e Fernão de Oliveira, finalizando com a análise do corpus. Essa pesquisa foi sustentada pelas seguintes vozes Ismael de L. Coutinho (1976), Heinrich A. W. Bunse (1943) e Manuel Rodrigues Lapa (1979), que falam sobre a história das gramáticas e sua importância, além disso, ouviremos as vozes de Fernanda Mussalin, (2008) Anna. C. Bentes (2008) que enfocaram como a língua pode ser influenciada lingüisticamente por outra. Observamos que João de Barros e Fernão de Oliveira não falam em influência lingüística, porque para eles não interessava naquele momento, na época em que as gramáticas foram escritas a ciência lingüística não ainda existia, isso acontece muito mais tarde. No entanto os autores falam sobre empréstimos que a língua pode fazer quando houver necessidade do falante, assim, eles ocorrem em função da necessidade que a língua tem de realizar novas criações, de nomear situações novas. E que os empréstimos lingüísticos podem contribuir para tornar a língua portuguesa mais rica, por isso vemos que ela é mutável e integra as relações humanas.