A CONSTRUÇÃO DE MATRIZES DE CORREÇÃO DE REDAÇÕES POR COMPETÊNCIAS E NÍVEIS DE DESEMPENHO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO
Juliana de Cássia Ribeiro
Estela Garcia da Silveira
(Fundação Bradesco)


Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Fundação Bradesco, o acompanhamento da correção de redações é um ponto sensível, dada a distância física entre as 40 escolas da rede e a característica das turmas, que, em Língua Portuguesa, são acompanhadas diariamente por um orientador de aprendizagem (monitor – pedagogo) e, somente nas avaliações, têm suas redações corrigidas por um professor especialista. Como os professores corretores, atuantes no ensino regular, muitas vezes desconhecem as especificidades do público EJA, observa-se, em seus relatórios de correção, a utilização de critérios diferentes e pouco objetivos para avaliar o mesmo instrumento, o que tem prejudicado a atuação e intervenção direta dos monitores e a análise e comparação dos resultados na instituição. Com o objetivo de elaborar subsídios teóricos e metodológicos para orientar a avaliação das produções textuais e unificar os critérios de correção e de composição de notas em toda a rede, eliminando a subjetividade na avaliação, construíram-se as matrizes de correção de redações por competências e níveis de desempenho que ora se apresentam, a partir da seleção de tipos textuais essenciais, do diálogo com os critérios de avaliações de larga escala (Enem e Encceja), da leitura crítica de assessoria técnica e à luz das Propostas Curriculares e da literatura específica em metodologia de correção de redações. O produto final é um Manual de Redação, usado paralelamente a momentos de formação, visando garantir que os resultados apurados reflitam a realidade do público avaliado e que, a partir dessa análise, as intervenções pedagógicas sejam mais adequadas.