VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM PATATIVA DO ASSARÉ: OS METAPLASMOS 09-04
Antonio Carlos Rodrigues dos Santos (Centro Social Brasil Vivo)



O resumo almeja expor o resultado da pesquisa de lato sensu da PUC/SP à luz da teoria da Historiografia-linguística. Assim, tendo em vista a poesia de cordel transcrita sob o prisma do português em uso no nordeste, em particular no Ceará, nosso problema de pesquisa se limita a: quais os metaplasmos prevalecentes na poesia de patativa do Assaré instaurados como identificadores do falar do homem nordestino? Para isso, abordamos como corpus as poesias cante lá que eu canto cá e a morte de nanã. Objetivos: Estudar a teoria a fim de explorar o campo histórico-linguistico e identificar na fonte selecionada o uso de possíveis metaplasmos, bem como verificar, também, as marcas lingüísticas e identitárias do homem em seu meio. No tocante público-alvo, tal trabalho confere relevância tanto a professores do ensino fundamental e médio quanto para alunos do curso de letras. Para essa empresa utilizamos a metodologia dos princípios de contextualização, imanência e adequação teórica, transcritos na teoria de Konrad Köerner. Na fundamentação teórica recorremos em Jarbas Vargas Nascimento Historiografia-linguistica: rumos possíveis (2005); Neusa Maria Barbosa de Oliveira Bastos e Dieli Vasaro Palma Historia Entrelaçada (2004) e Norman Fairchough Discurso e Mudança Social (1941). Por fim, constatou-se que em Patativa do Assaré, quanto à quantidade de metaplasmos, predominam em grande escala os casos de apócope, síncope e vocalização, bem como outros que subdividem em menor incidência, mas significativos na identificação do falar caririense.