O USO DAS FORMAS LÉXICO-GRAMATICAIS E A PRENDIZAGEM DA LEITURA SIGNIFICATIVA
Adriana Maneses Felisbino; Rosangela Gil Alves Luzeiro



O uso das formas léxico-gramaticais do português brasileiro, concebidas como recursos necessários para o ensino-aprendizagem proficientes dos processos de produção textual-discursiva. Tem-se por objetivo principal a compreensão da chamada leitura significativa dos processos de descodificação do texto produto que, em sendo suporte dos processos de interpretação, precisam ser do domínio de um professor de língua materna. Justifica-se a pesquisa, visto que esse domínio deverá assegurar uma prática de docência capaz de orientar a aprendizagem de práticas de leitura proficientes de textos escritos pelos seus aprendentes: uma exigência da sociedade contemporânea que tem cobrado das escolas a recontextualização das práticas de docência dos seus educadores. No caso da disciplina “língua portuguesa” a reinterpretarão dessas práticas implicam a necessidade de se ampliar o olhar dos professores para além daquele que focaliza o objeto do ensino dessa disciplina pelos parâmetros de um modelo de composição do texto escrito que tem a gramática tradicional contemporânea, de origem greco-latina, como ancoragem para a aprendizagem da produção textual escrita. O procedimento metodológico implicou a seleção e análise de um corpus extraído de “As 12 fábulas de Esopo”, traduzido por Fernanda Lopes de Almeida. São Paulo: Ática, 1994. A heterogeneidade de designações registradas pelo autor, bem como a complexidade de seus conteúdos, exigiram da pesquisadora um procedimento voltado para uma leitura analítica de um texto escrito, cujo objetivo é compreender o funcionamento da língua como meio capaz de facultar a transmissão de novos conhecimentos de mundo por meio de sinais da língua escrita. Os resultados obtidos indicaram que ao transformar o texto-produto em texto-processo, o ponto de partida é a descodificação e o ponto de chegada é a leitura significativa e compreensiva – aquela que propicia ao leitor a produção de múltiplos sentidos autorizados pelo texto.